
Conhecido pelo seu trabalho em Nightbringer, Naas Alcameth surge com um novo projecto de nome Aoratos. Expandindo-se artisticamente mais do que já conhecemos em Nightbringer ou Akhlys, o álbum “Gods Without Name” sonda as trevas encontradas além-fronteiras do mundo profano e do homem comum.
Num álbum dinâmico como este é necessário encontrar o ponto certo que equilibre o transe cósmico com paisagens obscuras. Naas Alcameth explica em declarações exclusivas à Ultraje: «Com tantos elementos, pode ser complicado encontrar um bom equilíbrio, já que as várias camadas competem para se posicionar à frente e há muito espaço para trabalhar antes que se comece a perder elementos.»
Nem tudo é palpável ou visível, por isso, em Aoratos, deparamo-nos com uma ideologia mais alta que pensa sobre eidola e egregore. «O primeiro seria o nascimento de um indivíduo, seja isso o fantasma de um falecido ou uma forma de pensamento que se tornou autónoma através de obsessão, fetish ou outro foco intenso», esclarece sobre eidola. Quanto a egregore, representa «um erguer colectivo».
Com espaço ainda para se dissecar o título do álbum, estão esses deuses sem nome ainda por descobrir ou será antes uma metáfora dos nossos comportamentos e pensamentos humanos? Para Naas Alcameth, a primeira observação «seria mais precisa». «O uso do termo ‘deuses’ tem a ver com a maneira como isso era frequentemente concebido pelos gregos, que muitas vezes se referiam a todos os tipos de demónios como ‘deuses’ e não apenas aos deuses propriamente ditos, que eram vistos como inabaláveis na sua perfeição.»
“Gods Without Name” será lançado a 22 de Março pela Debemur Morti Productions.