(Aborted)
O primeiro dia do SWR Barroselas Metalfest ultrapassou as expectativas mais elevadas. Divididas entre três palcos, bandas como Aborted, The Ruins Of Beverast, Inquisition, Master e The Ominous Circle estiveram em clara evidência ao longo do dia.
Com hora de início marcada para as 17 horas, o vigésimo SWR Barroselas Metalfest começou da melhor forma na “SWR Arena” com os Aneurose e Chaos Synopsis, duas bandas brasileiras praticantes de thrash metal. Seguiram-se os doomsters Valborg e, cerca das 19 horas, sobem ao palco “Warriors Abyss” os implacáveis Holocausto Canibal, furiosos como nunca, percorrendo um pouco a discografia do grupo.
(Holocausto Canibal)
Seguiram-se os Besta e, às 20:30, La Hija Del Carroñero e Pillorian em simultâneo. Os Pillorian primaram pelo que fazem de melhor – black metal sinistro, repleto de qualidade e prova de que o abismo também olha para nós. De seguida, os Marginal, e logo após os Aborted. Esperar algo abaixo de animalesco da prestação dos Aborted é inocente, e entre os clássicos dos mais recentes “The Necrotic Manifesto” e “Retrogore”, Svencho e companhia não deixaram créditos por mãos alheias.
(Inquisition)
E qual é o sonho de qualquer black metaller? Assistir ao concerto de The Ruins Of Beverast (TROB) seguido do de Inquisition, claro. Com “Exuvia”, os TROB estabelecem um novo patamar no exíguo espaço do black metal experimental/atmosférico, ao passo que os Inquisition estão destinados a governar o trono do black metal durante muitas eras com o inigualável “Bloodshed Across The Empyrean Altar Beyond The Celestial Zenith”, um ponto de viragem na história do género.
Da Suécia vieram os thrashers Antichrist, possuidores de muito groove old school e com a característica de serem a banda mais ligeira do primeiro dia. Cerca da 01h30, os sinos dobraram pelos Master, os cabeças de cartaz deste primeiro ataque do SWR. Ver ao vivo trabalhos como “The Final Skull” e outros clássicos da banda é uma experiência obrigatória para qualquer fã de metal extremo.
(Enlighten)
E porque “extremo” é a palavra de ordem, os The Ominous Circle e os Enlighten foram os escolhidos para encerrar o massacre. Se por um lado os The Ominous Circle se pautam por um véu de secretismo atípico, não há nada de secreto no som da nova coqueluche nacional de peso – purgam um death/black primordial extremamente agressivo, e as comparações a Portal e Mgla não são descabidas. Os Enlighten foram a cereja no topo do bolo graças ao seu death/black metal clássico que mescla o ambiental com o melódico, certamente a surpresa da noite.
Posto isto, ainda faltam dois dias para o fim das celebrações do festival de metal mais extremo do país. Passa-te ao aço!
Por João Correia & Pedro Félix