Enquanto Ultraje, o nosso 2015 não teve 12, mas 6 meses. Muitos sabem que os fundadores da Ultraje têm um passado nestas andanças, mas por mais orgulho que possamos ter nisso, o presente e o futuro passa por aqui – por esta nossa/vossa publicação.
Não temos medo de falhar e, felizmente, pensamos estar em condições de dizer que outros projectos acabaram porque tinham de acabar e não porque falharam. A Ultraje é, sem dúvida, o passo mais arriscado que três pessoas deram. O que começou por ser mais um website que fala de música tornou-se numa revista em papel. Já o dissemos nos nossos editoriais e repetimos: não existimos para competir com ninguém; existimos para colmatar uma lacuna – e, sim, podemos ter Killing Joke ou Baroness numa capa, mas também conseguimos expor bandas menos conhecidas e que gostamos – o contrário seria auto-traição; existimos enquanto os nossos leitores o permitirem.
A ideia de criar uma revista em papel foi discutida muitas vezes, mas era uma meta aparentemente longínqua. Um dia, quando o website já existia há 3 meses, acordámos e foi dito: “Vamos transformar a Ultraje em papel. Que se lixe!”
Esta não é a nossa vida profissional. Gostávamos que fosse! Mas não é. Como tantas outras pessoas do meio, fazemos isto por devoção. Neste final de ano, queremos agradecer aos nossos colaboradores, às entidades que publicitam na edição em papel, às editoras nacionais e internacionais que nos abrem sempre as portas, às nossas famílias que tantas vezes estão sem a nossa companhia e, claro, aos nossos leitores – por último, mas importantíssimos.
Que 2016 continue a proporcionar-nos um trabalho alegre e que continue a proporcionar-vos óptimas leituras. Que cada Ultraje seja uma afronta (ainda que positiva), um gozo e um marco na História do heavy metal em Portugal.
A todos, o nosso muito obrigado!